terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Incidente com avião de malote no Piauí.

Uma aeronave de pequeno porte teve problemas ao aterrissar na pista de pousos e decolagens do município de Picos (a 306 km de Teresina). O avião da empresa Uirapuru Taxi Aéreo saiu da pista e adentrou na mata que margeia o local.

A aeronave decolou em Fortaleza (CE) e tinha como destino a cidade de Picos. No momento do acidente, três pessoas estavam no avião, que carregava malotes com dinheiro. A empresa Uirapuru é especializada em transporte de valores e presta serviços para o Banco do Brasil.

Tudo indica que uma falha mecânica causou o acidente. Segundo Eliomarcos Gomes, da equipe que gerencia a pista, um dos trens de pouso da aeronave recolheu sozinho ao tocar o solo. Com o problema, o piloto não conseguiu mais controlar o avião, que saiu da pista.

A aeronave teve os trens de pouso traseiros avariados.
Para evitar a entrada de curiosos e garantir a segurança dos malotes, os portões que dão acesso à pista de pouso foram fechados (foto abaixo). A Polícia Militar faz a segurança do local.

ANAC incentiva formação de pilotos gerenciada por empresas aéreas

Brasília, 13 de dezembro de 2010 – A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) propõe em audiência pública a criação de centros de instrução de pilotos, certificados pela agência, dentro das empresas aéreas, e a criação de uma nova licença: a de tripulação múltipla. A idéia é permitir que quem deseja ser um piloto profissional possa optar por um caminho diferente, iniciando sua carreira diretamente nas empresas, o que garante uma formação muito mais especializada e nos padrões de cada companhia.

A proposta faz parte da edição do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 61 (RBAC 61), que estabelece os requisitos de instrução, conhecimento teórico e perícia para que uma pessoa possa ter uma habilitação de piloto e tem como objetivo harmonizar a legislação brasileira com as normas da Organização Internacional de Aviação Civil (OACI).

O texto propõe que ao invés de iniciar os estudos seguindo a formação tradicional (retirando na ordem as licenças de piloto privado, piloto comercial e piloto de linha aérea), possam iniciar sua formação profissional diretamente nas empresas, através de centros de formação gerenciados por elas. Para isso, bastaria passar na prova teórica de licença de piloto de linha aérea e iniciar o curso. Ao término, o aluno receberia a nova licença, a de piloto de tripulação múltipla, com 240 horas de voo.

Outra novidade no texto proposto pela agência é a criação da licença de aluno piloto, que será de porte obrigatório para os alunos do curso de piloto que não possuam qualquer outra licença na mesma categoria de aeronave. O documento terá validade de 24 meses.

A proposta da ANAC para o RBAC 61 já está em sintonia com as diretrizes do RBAC 120, que trata do uso indevido de substâncias psicoativas na aviação civil, e as do Sistema de Gerenciamento de Risco Operacional.

O texto completo da proposta do RBAC nº 61 pode ser acessado no site da ANAC, no endereço: http://www.anac.gov.br/transparencia/audienciasPublicasEmAndamento.asp até às 18 do dia 18 de dezembro de 2010. Qualquer cidadão poderá enviar sua contribuição por e-mail, desde que por meio de formulário próprio disponível no site. Todas as contribuições recebidas dentro do prazo serão analisadas pela ANAC, que julgará a necessidade de realizar alterações no texto original. Concluído esse processo, a intenção é que o regulamento entre em vigor no segundo trimestre de 2011.

sábado, 18 de setembro de 2010

"Alinhar e manter"


Essa vai para os companheiros que voam la fora ou para quem está se preparando para a prova de inglês da ICAO.

A partir de 30 de Setembro de 2010 a expressão "Position and Hold" na fraseologia americana será substituída por "Line Up and Wait", expressão equivalente a que é usada no Brasil "Alinhar e Manter".

As diferenças na fraseologia contribuir para incursões na pista. Análise pelo National Transportation Safety Board (NTSB) revelou que as diferenças entre as fraseologias adotadas pelo FAA e a International Civil Aviation Organization (ICAO) de controle de tráfego aéreo contribuem para riscos de invasão de pista. O NTSB recomenda que a FAA adote a terminologia de padrão internacional: "Line Up and Wait" para substituir "Position and Hold".

A FAA ainda recomenda:

A animação mostra como deve ser o procedimento. VEJA

Nunca atravesse uma linha de espera sem instruções explícitas do ATC.
Você não poderá entrar em uma pista a menos que tenha sido:
* Instruído a cruzar ou taxear para a pista específica
* Liberado para decolar a partir dessa pista, ou
* Instruído a "Line Up and Wait" nessa pista específica.

Fonte: FAA

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Piloto Privado

Iniciar na carreira de piloto não é nada fácil!
Antes de tudo é necessário muita força de vontade, durante todos o processo dezenas de coisas contribuem para a desistência de muitos candidatos entre elas, preços altos das horas de voo, dificuldades de conseguir emprego, que nem sempre depende de um bom currículo, mas de uma boa indicação, oscilações do mercado e outros fatores que quem se aventurou por seguir esta carreira conhecem muito bem, mas no fim de tudo, quem conseguir passar por tudo isso, no fim, vale a pena.


Para os desejosos em ingressas na carreira seguem a baixo os primeiros passos.


A primeira habilitação necessária a um piloto é chama de Piloto Privado. 
O piloto privado não poderá trabalhar remuneradamente como piloto, mas estará habilitado a voar. Para trabalhar como piloto, o piloto privado deverá tirar a habilitação de piloto comercial, informarei mais detalhes no post seguinte. Abaixo seguem os passos necessários para conseguir a habilitação de PP Piloto Privado.


1. Fazer um curso preparatório para a banca da ANAC. Esta banca, consiste na realidade de provas que o candidato faz referente as cinco matérias, meteorologia, teoria de vôo, conhecimentos técnicos de aeronaves, regulamento de tráfego aéreo e navegação. Para a fase de piloto privado, o curso não é obrigatório. O candidato pode comprar livros e apostilas das matérias e estudar por conta própria. Os valores dos curso preparatórios variam em média de R$ 1.500,00 a R$ 2.000,00, dependendo da escola e região do país. Os cursos não garantem aprovação pois são apenas preparatórios.


2. Passar na banca da ANAC. As chamada bancas são exatamente a realização das cinco provas referente as matérias. Para isso candidato deverá pagar uma taxa de R$ 50,00 (Cinqüenta Reais) por cada matéria, ou seja, R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta Reais). Cada prova consiste de vinte questões de múltipla escolha. A nota mínima a ser alcançada em cada prova é 7,0 (sete), ou seja, o candidato deverá acertar no mínimo 14 questões em cada prova. O candidato poderá obter nota inferior a 7,0 e diferente de 0,0 (zero) em até duas matérias para poder realizar a chamada 2ª época. Os candidatos de segunda época podem repetir apenas as provas referente aquelas matérias 15 (quinze) dias após ter realizado a banca. Se o candidato tirou menos do que 7,0 (sete) em mais de duas provas ou em uma das provas de segunda época, o candidato será reprovado e deverá repetir todas as 5(cinco) provas. Tanto para 2ª época quanto para repetição da banca o candidato terá que pagar a taxa de R$ 50,00 (Cinqüenta Reais) por cada matéria. Por isso a primeira economia a se fazer é estudar e passar de primeira!


3. Tirar o CCF - Certificado de Capacidade Física. Este passo pode preceder o segundo ou até mesmo o primeiro, mas para que o candidato possa realmente ter aulas práticas de vôo, o CCF é imprescindível.
O CCF é obtido nas juntas de saúde das bases militares da aeronáutica ou em locais credenciados. Consiste de uma avaliação médica com os seguintes exames: exame de sangue, exame de urina, raio-X do tórax, eletro-cardioagrama, eletro-encefalograma, teste audiométrico, raio-X da arcada dentária, teste ergométrico (candidatos maiores de 35 anos), teste psicológico e exame oftalmológico. O RBHA 67 contém todas as informações e valores atualizados.


4. O próximo passo é agora o mais caro do ponto de vista financeiro. O candidato terá que realizar no mínimo 35 horas de vôo cumprindo o programa básico de treina regulamento pelo MCA 58-3. Ao final dessa fase o candidato deverá estar voando sozinho e preparado para o voo de cheque. O voo de cheque é um voo com a presença de um checador civil ou militar que pedirá pra o aluno fazer algumas das manobras aprendidas no curso e avaliará a capacitação técnica do mesmo, pousos e decolagens.


5. Após o voo de de cheque e aprovação no mesmo, o candidado deverá pagar as taxas para emissão da carteira, brevê, e após +/- 5 dias úteis seu código já estará disponível no sistema da ANAC e dentro de mais alguns dias você receberá a sua carteira de piloto privado.


Parabéns!!! Você agora é um candidato a piloto comercial, ate a próxima.